Review do GPS Garmin 62st
Comprei um GPS Garmin 62st para substituir o meu 60CSx que estragou, como esse modelo de GPS ainda é pouco conhecido no Brasil, pois o seu custo ainda é bem alto eu decidi escrever um review sobre esse aparelho, pois muitos tem dúvidas com relação as funcionalidades dele.
Realmente foram feitas muitas mudanças nesse aparelho com relação ao seu antecessor o 60 CSx, algumas boas e outras ruins, isso na minha opinião é claro.
Uma alteração importante foi no suporte das pilhas, agora as pilhas ficam super bem fixadas e sem perigo de dar mal contato quando o aparelho é sacudido, por exemplo quando se está usando ele fixado na bicicleta.
Outra melhoria importante foi na tampa do compartimento das pilhas, a versão anterior tinha uma tampa totalmente plástica que era muito frágil, não era difícil encontrar usuários que reclamavam que a tampa tinha quebrado quando o aparelho caiu no chão, nessa nova versão a tampa tem partes de metal nos pontos que quebravam, isso foi uma grande melhoria nesse aparelho.
Outra alteração feita nos acessórios do aparelho foi o clip de cinto, que anteriormente era de plástico e que quebrava muito fácil, inclusive o do meu primeiro GPS quebrei com um mês de uso. Nesse novo modelo eles realizaram algumas alterações, trocaram o suporte de plástico por um suporte tipo mosquetão, o que tornou muito mais resistente essa parte, mas a parte que prende o mosquetão ao GPS ainda é plástica, por isso acho que não melhorou muito no quesito resistência essa alteração. No quesito usabilidade essa alteração foi muito negativa, porque manusear o mosquetão é bem mais difícil do que o outro suporte, pois no outro era só apertar o botão e puxar o GPS para cima, com o mosquetão já é bem mais difícil tirar o GPS, sem contar que com ele o GPS fica solto o que permite ao GPS ficar sacudindo durante a caminhada, isso não acontecia com o outro suporte, porque o suporte prendia direto no aparelho.
Alterações negativas
– Tiraram as várias opções de veículos para o traçado de rotas, só ficou carro, bicicleta e pedestre, na prática não deve fazer muita diferença para os usuários.
– Aparentemente a recepção de sinal desse modelo é inferior ao do modelo 60 CSx.
Alterações Positivas
– Quando o usuário manda fazer o trackback de uma trilha, o GPS mostra os pontos de máxima altitude e de minima do trajeto, muito útil para quem realiza trekking e ciclismo.
– Agora o aparelho consegue trabalhar com todas as trilhas que estão em uma das suas memórias, tanto nas memórias internas quando no cartão SD, com isso é possível exibir e fazer trackback de qualquer trilha que esteja no aparelho.
Serviço BirdsEyes
Como esse GPS tem suporte para exibir imagens de fundo eu assinei o serviço BirdsEyes da Garmin que permite baixar e enviar imagens de satélite para o GPS, o preço até que não é tão caro, custa 30 dólares por ano.
O problema é que as imagens disponibilizadas do Brasil são em sua grande maioria de baixíssima qualidade, por isso acaba que esses 30 dólares são uma fortuna. Uma exemplo são as imagens da Serra do Cipó de MG que é de qualidade muito inferior as que são disponibilizadas gratuitamente pelo Google Earth, na realidade nenhuma das imagens do BirdsEyes é superior as do Google Earth.
Mesmo que as imagens deixem muito a desejar no quesito qualidade esse recurso compensa pois fica mais interessante visualizar o mapa tendo a foto por baixo.
Outra reclamação que tenho com relação ao serviço é que a Garmin diz que não existe limite de download para as imagens, mas isso é mentira. E o que é pior, eles contabilizam o tamanho da imagem de forma errada o que acaba prejudicando o usuário. Por exemplo: o software permite selecionar 3 níveis de qualidade para baixar as imagens: Standard, High e Highest sendo que a diferença de tamanho do formato Standard para o Highest é enorme, tipo no meu exemplo vou selecionar a imagem de Porto Alegre/RS no formato Standard a imagem foi com 8 MB, no High fica com 250 MB e no Highest com 708 MB, sendo que desse tamanho o software já não me permite mais baixar a imagem, como pode-se ver na imagem abaixo.
Como não é possível baixar as imagens no formato Highest vou fazer o teste para verificar o tamanho real das imagens baixando no formato High, como pode-se ver na imagem a seguir no total serão baixadas 12227 imagens, e o tamanho total deve ser de 250 MB. Outro ponto negativo do serviço BirdEyes é a baixa velocidade de download das imagens, embora a minha conexão tenha 10 MB as imagens são baixadas a apenas 1 MB o que torna o processo bem mais demorado.
Ao final do download o tamanho total das imagens foi de 146 MB, bem inferior ao que tinha sido informado. Nos meus primeiros testes logo que comprei o GPS, após baixar uma imagem grande como essa o software não me permitia baixar mais nenhuma imagem, avisava que eu tinha excedido o limite de download, mas nos testes que realizei agora isso não aconteceu, então uma das minhas reclamações contra o BirdEyes pode ter sido solucionada.
Conclusão
Embora o modelo 62st traga algumas melhorias para os usuários que praticam trekking ou mountain bike a troca do modelo 60 CSx por esse novo não compensa, pois o investimento é grande e as melhorias serão pequenas. Outra desvantagem que complica a substituição do 60 CSx pelo 62st é o fato dos acessórios, como suporte para bike, suporte de carro e cabo serial não serem compatíveis entre os modelos.
Para quem não tem GPS e está querendo comprar um, até pode pensar em investir um pouco mais e adquirir o 62st, pois eu acredito que o tempo de vida útil desse aparelho deve ser de uns 5 anos e nesse período as imagens disponibilizadas do Brasil no BirdEyes poderão melhorar e ele poderá ser melhor utilizado.
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Muito interessante a sua análise.
Adonai,
Bom dia!
Cheguei até teu site, navegando no Google Earth.
Tenho um preblema: tenho um GPS Map60s que ganhei d emeu sobrinho, só que não sei opera-lo, tentei achar algum curso, mas só em POA, como vi que estas a poucos km de SLS, onde moro, gostaria de saber se terias (nem sei se o faz!!)como me dar um curso rapido de como lidar com o GPS, assim como passar roteiros feitos no GE, para o GPS.
Aguardo
* Parabéns pelo site.
Abraço
Mazinho se o aparelho tivesse a tela de um IPhone esse problema seria bem menor, certamente dentro de alguns anos vai surgir uma nove versão com esse tipo de tela e ai esses mapas de fundo serão mais uteis, mas é claro que eles precisam melhorar a qualidade das imagens que atualmente são bem ruins.
eu tambem me decepicionei com o BirdsEyes e com o resultado no gps, devido a tela pequena só da p/ ver pequenas regiões, afastando o zoom perde a funcionalidade de analise.